terça-feira, 1 de maio de 2007
Os triângulos do F.C. Porto
O Futebol Clube do Porto Ferpinta chegou facilmente às meias finais da Liga UZO, ultrapassando o Casino Figueira Ginásio por concludentes 3-0.
A equipa de Alberto Babo defendeu de forma eficaz (66 pontos sofridos de média) e baseou o seu ataque de posição nas triangulações: “Dispositivo geométrico realizado com passes em que se procura fazer chegar a bola ao poste interior, por meio de um passe de apoio a um terceiro jogador estrategicamente colocado no exterior, quando não se consegue fazer chegar a bola directamente ao poste”.
Os movimentos ofensivos dos “dragões” não constituem novidade, são utilizados pela maioria das equipas que concorrem ao campeonato profissional e visam contrariar as ajudas e dificultar a tarefa dos defesas.
Os bases TJ Sorrentine e Julian Blanks comandaram bem o ataque e quase sempre conseguiram fazer chegar a bola ao experiente poste norte americano John Whorton. A primeira parte do conceito ofensivo Dentro/Fora foi suficiente para destabilizar a defesa contrária.
O recurso aos triângulos curtos (TJ Sorrentine / Rodrigo Mascarenhas / John Whorton) - mais seguros já que as distâncias entre os jogadores são menores - foi determinante no sucesso do FC Porto.
Sempre que as ajudas apareceram na área pintada, a opção pelos triângulos longos (TJ Sorrentine / Rodrigo Mascarenhas / Paulo Cunha) permitiu a inversão do lado da bola e, ao mesmo tempo, a descoberta, nos cantos, de Paulo Cunha (32 pontos e 5 triplos no derradeiro jogo) e Nuno Marçal (5 triplos) .
O que fazer para contrariar a ofensividade dos triângulos?
Dadas as características dos jogadores e atendendo a que no basquetebol actual não faz muito sentido defender sempre da mesma forma, o recurso ao desvio do base portador da bola para a linha final (“Fanel”), afastando-o do bloqueador e contando com a rotação exterior dos colegas na defesa do bloqueio directo lateral (“Side screen”) ou ajudar e recuperar (“Show and recoverd”), não entrando em ajuda com os defesa dos “cantos”, contra o movimento da moda “Horns”, parecem ser boas opções, até porque são as mais rotinadas.
Qualquer plano de jogo defensivo, para ser bem sucedido, tem de levar em conta a neutralização dos portugueses Paulo Cunha e Nuno Marçal, criando cenários que os condicionem, já que atravessam um bom momento de forma desportiva.
Contudo, se os norte-americanos Larry Jon Smith e Julian Blanks acordarem a tempo e passarem a jogar ao mesmo nível do início da época, o Porto pode voltar a sonhar com o título.
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