terça-feira, 12 de junho de 2007

Final da NBA: Spurs 2 a 0, e agora?






A série ainda não está acabada, mas estará se San Antonio vencer na terça-feira. Está nas mãos de Mike Brown, o coach de Cleveland, conseguir o milagre.
Na entrevista colectiva após a partida de domingo, tive pena do técnico do Cleveland. Ele admitiu que não tem como fazer magia. E não tem mesmo...
A equipa dos Cavs é muito limitado. Para vencer a série, precisa de três factores:

1) Que a defesa funcione.
2) Que LeBron revele o seu génio.
3) Que os outros atletas dos Cavs acordem....

Com raros momentos de excepção, nada disso está a acontecer contra os Spurs. A equipa da casa dominou claramente os dois jogos. Resta agora saber como o Cleveland se vai comportar em Quicken Loans Arena , no jogo 3 .
Na entrevista, Brown falou o tempo todo em "superação", "controle mental", "energia". Não acho que esse seja o grande conflito do Cleveland.
Contudo a equipa já deu provas de que se supera em casa.
O treinador precisa de descobrir a forma de conquistar mais ressaltos , criar mais espaços no ataque para LeBron e controlar a velocidade do base Tony Parker. E isso não se resolve apenas com controle mental. Se decidir defender a área pintada de forma a controlar as penetrações , o francês provavelmente vai optar pelos passes, o que também pode ser fatal. Em resumo, qualquer opção de Brown é arriscada mas não se chega a um título sem se arriscar...

LeBron James jogou francamente mal nos dois primeiros jogos em Detroit, e depois conseguiu eliminar o adversário . Ou seja, ainda há esperança em Ohio.

O duelo tem tudo para ficar bem mais competitivo. Vamos aguardar

segunda-feira, 11 de junho de 2007

"Campeão"


No Desporto escolar vou passando o tempo e matando o vicío do basquetebol.
Como treinam regularmente , é normal que as equipas da minha Escola (Alves Redol) , joguem melhor que os adversários e ganhem a maioria dos jogos.
A conquista dos Campeonatos Distritais de Iniciadas e Juvenis e o 3º lugar no Nacional deste último escalão é motivo de orgulho da comunidade escolar.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

A Importância do banco



Luís Magalhães, treinador dos bicampeões nacionais, foi adepto, ao longo de toda a época, do sistema de rotação muito utilizado na NCAA, onde se faz um constante apelo aos suplentes.
Contudo, também aqui temos excepções e, em 2001, a famosa Universidade de Duke ganhou o campeonato recorrendo quase sempre a seis jogadores e o mesmo fez o "College" de UCLA que usou sete, em 1995.


A Ovarense utilizou uma rotação de 12 jogadores, ao contrário da maioria dos seus adversários, que jogaram com 7/8 jogadores. Em mais de 30 jogos, seis atletas da Ovarense jogaram para cima de 20 minutos (média), três mais de 10 minutos e apenas o Fernando Neves, o Nuno Perdigão e o Nuno Cortez não chegaram a esse registo.

Os jogadores que saíram do banco dos suplentes (“off the bench”) ajudaram a equipa a melhorar, o que é um aspecto decisivo para quem quer vencer campeonatos.

Não basta ter um bom cinco em campo. É fundamental ter mais quatro ou cinco jogadores no banco preparados para entrar e contribuir, não só com pontos, mas também com um bom trabalho defensivo.

Com este sistema, dominaram claramente a Fase Regular (27 vitórias e apenas 5 derrotas) e chegaram ao playoff com os portugueses (Miguel Miranda, André Pinto, Nuno Manarte, Rui Mota, Nuno Perdigão, Fernando Neves e Nuno Cortez) motivados, já que tinham jogado minutos de qualidade (não entravam nos minutos finais quando tudo estava já decidido).

Assim, os jogadores menos utilizados aproveitaram as oportunidades e deram contributos para a conquista do título, justificando plenamente a confiança do treinador.



A Ovarense não tem nenhum jogador em evidência nos indicadores estatísticos. Mas, já nos colectivos, tem particular destaque (playoff): na defesa, mantendo quase sempre uma boa atitude e o compromisso colectivo (foi a equipa que menos pontos sofreu: 69), nos lances livres (73%), no total de ressaltos (37,4) e nas perdas de bola, onde também lidera (10,4).

De resto, a Ovarense manteve o cinco (“starting lineup”) em todos os jogos do playoff: Cordell Henry, Ben Reed, Shawn Jackson, Gregory Stempin e Élvis Évora.



Claro está que outros sistemas são também possíveis.

Jogar sem regras pré definidas nas substituições, ler o jogo e optar pela rotação mais adequada, substituir quem tem problemas de faltas, está cansado ou não está a cumprir o previamente planeado, também pode levar às vitórias.

Rotação completa não é obviamente sinónimo de sucesso.



Uma palavra final para aquele que foi, sem sombra de dúvida, o jogador mais valioso do campeonato: Paulo Cunha (FC Porto). Desejo que marques mais um triplo, desta vez no jogo da vida, e que em Setembro estejas a jogar em Sevilha, para orgulho dos portugueses.