domingo, 22 de abril de 2007

Benfica com boa leitura de jogo...






As duas vitórias do Benfica frente ao CAB (82-50 e 71-61) deixam o conjunto de Lisboa a caminho das meias-finais e quem sabe do título de campeão.
O parcial de 0-9 do jogo 1 encontra alguma justificação, não só na ansiedade dos jogadores da casa, mas também no arriscado plano defensivo dos madeirenses, cujo objectivo principal passava por retirar a bola das mãos dos jogadores que considerava serem os melhores lançadores.
A defesa individual, com “traps” nos bloqueios directos e na marcação ao poste baixo, visava surpreender o oponente de forma a que cometesse mais erros que o habitual. O recurso ao 2x1 é a maneira mais comum de aplicar pressão defensiva, mas não é a única. As equipas podem ser pressionantes se conseguirem retirar os atacantes das posições onde se sentem mais confortáveis. Isto acontece quando conseguem, por exemplo, obrigar os postes a saírem para o perímetro ou quando forçam os lançadores exteriores a usarem o drible.
Sem conseguir movimentar a bola rapidamente, de forma a encontrar o jogador livre, que estaria em boas condições para lançar ou penetrar, o Benfica permitiu aos defesas do CAB a rotação rápida, de forma a recuperarem esse jogador livre antes que recebesse a bola.
É também sabido, e este jogo foi a prova disso, que a pressão não funciona na Liga por períodos muito longos de tempo, nomeadamente se a fizermos sempre da mesma forma.
Uma equipa candidata não pode ser surpreendida, e deve estar preparada para dar respostas adequadas aos problemas.
Henrique Vieira é um treinador atento e tem jogadores experientes cuja leitura de jogo lhes permitiu rapidamente encontrar o antídoto:
-Criar o ataque a partir da defesa: (“receita” certa, aplicada de forma agressiva, que deu origem a muitas situações de cesto fácil e a um parcial histórico de 31-0; a defesa ganha campeonatos e o Benfica quer obviamente ser campeão);
- Pequenas adaptações ao modelo de jogo original.
Com problemas no “Pick and Roll”, os bases Miguel Minhava e Tyson Wheeler passaram a dar melhor uso ao drible e recorreram a outros fundamentos (passe, bloqueio e corte).
Um ataque de posição - tomando por base a velha jogada do “Shuffle” (Bruce Drake, Oklahoma College, 1950), onde todos os jogadores se movimentaram - criou vários lançamentos de boa percentagem para Ashante Johnson, e eliminou os “traps” e as ajudas defensivas.
Um ataque com muitas “armas” complica a vida a quem quer surpreender na defesa. Ficou assim claro que melhor do que ter algumas “estrelas” é ter um conjunto: Ashante Johnson (13 pontos), Tyson Wheeler (10), Carlos Andrade (13), Brooks Sales (13) e Miguel Minhava (13)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Greg Oden


Greg Oden (7'1'', 250 lbs) es el jugador cuya entrada a la NBA ha provocado más revuelo desde la llegada de Lebron James a la liga. Este jugador, natural de Indianapolis, ha sido analizado por los scouts de la prensa especializada desde sus tiempos de High School y ha sido coronado como el próximo gran pivot dominante de la NBA. Su primer año en la Universidad no ha hecho sino confirmar los pronósticos: Oden llevó a su college a la final nacional con una temporada más que interesante.
El juego de Oden ha sido comparado con el de los grandes pivots de todos los tiempos y su imponente físico ha tenido un papel clave en el asunto. No solo por la apariencia de Oden (mucho mayor de lo que refleja su edad) sino por su cuerpo, que parece preparado para la NBA.
Algunos scouts afirman que podría haber jugado en la liga si no hubiera existido la ley que prohibe dar el salto directamente desde el High School, y esto es algo que salta a la vista en cuanto Oden pisa el parquet. Su capacidad atlética le permite correr la pista sin ningún problema y lo convierte en un "factor" en el juego. Una vez en la zona, se convierte en toda una referencia para sus compañeros, puesto que es capaz de finalizar las jugadas con mates espectaculares o bandejas.

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En defensa es capaz de alterar el juego del rival con unos enormes brazos que le permiten ejercer una intimidación que en numerosas ocasiones termina en tapones. Es un gran reboteador y defensor, en parte por esa fuerza y fortaleza física.
En cuanto a los posibles defectos, los scouts han hecho hincapié en los fundamentos de Oden de espaldas al aro, puesto que actualmente se basa en su superioridad física, o en su rango de tiro, aunque es posible que el equipo que le elija prefiera que se mantenga como un poderoso jugador bajo el aro.
Resumiendo, se trata de uno de esos jugadores que aparecen cada decada, un pivot que está llamado a hacer historia y que puede hacer cambiar el rumbo de una franquicia en los años venideros. Con el respeto de Kevin Durant, será el número 1 del próximo Draft.



Mudar com urgência....


O Desporto Escolar atravessa um período que levanta muitas preocupações a quem acredita nesta actividade. Assistir a uma competição do desporto federado ou do Desporto Escolar é quase indiferente, porquanto são poucas as diferenças que se podem descobrir. Começa pelo facto dos atletas serem praticamente os mesmos. Não são na totalidade, pois sempre aparece uma ou outra Escola que dá a oportunidade para que os que se treinam exclusivamente na Escola, participem nos quadros competitivos. Os gritos de alguns treinadores e os incentivos durante a competição são bem piores do que aqueles a que muito treinador recorre para orientar os atletas em competição. Rapidamente são esquecidos os valores educativos que devem presidir ao que se faz na Escola para dar lugar a uma desenfreada vontade de se ganhar a qualquer preço. Com este tipo de actuação que tenho vindo a observar , acredito que o Desporto escolar falhará nos seus propósitos educativos .Nem sei se ainda existe alguma preocupação de cariz educativo nas coisas do Desporto Escolar .

Tudo aponta para o rendimento, para o ganhar campeonatos e, para espanto das pessoas que vêm no DE um meio fundamental de formação das nossas crianças e jovens, cres¬cem cada vez mais nas escolas as políticas de constituição das equipas, recorrendo à selecção dos talentosos, afastando, de forma agressiva, muitos dos que gostariam de aproveitar as actividades desenvolvidas nas escolas para praticarem uma actividade desportiva. Selecciona¬-se para assim poder ganhar
. O ganhar acaba por ser o objectivo fundamental. Acredito mais numa filosofia que prepare os jovens técnica, táctica, física e psicologi¬camente para assim possuírem os argumentos que lhes permitam lutar pela vitória. Até há algum tempo criticava-se o sistema desportivo, por esse ser quase inacessível aos que não possu¬indo poder financeiro, ficavam arredados do mundo das actividades físicas e desportivas. Presentemente, caminha-se numa direcção igualmente possuidora de grande injustiça social no meio escolar, ou seja, só estão a ter, na generalidade dos casos, mas com honrosas excepções, acesso às equipas representativas das esco¬las aqueles que possuem maiores talentos desportivos. Os outros assistem, por vezes aplaudem e caminham serenamente para os corredores dos centros comerciais. Terá de ser assim ou há que mudar e com urgência.


Vasconcelos Raposo (A Bola).

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A Ovarense é candidata…


Ao recrutar, para esta época, jogadores e treinador com vasta experiência na Liga e com hábitos de vitória, não surpreende que o conjunto da Ovarense tenha dominado na Fase Regular (apenas 5 derrotas em 32 jogos), e que seja apontado como forte candidato a revalidar o título de campeão.
Um dos pontos fortes do conjunto de Luís Magalhães é o contra-ataque, nomeadamente nos jogos em casa. A defesa agressiva (é a equipa que mais bolas rouba: 11,2 por jogo) e o domínio claro da sua tabela (comanda com 22,7 ressaltos defensivos) facilitam a tarefa de quem quer jogar de forma rápida e eficaz.

Muito do sucesso da transição passa pelas mãos dos bases Nuno Manarte (nº7) e Cordell Henry (6), os principais receptores do primeiro passe e os grandes dinamizadores desta acção, onde Luís Magalhães “perde” muitas horas a ensiná-los a tomarem boas decisões.

O pequeno norte-americano faz uso frequente do seu drible de progressão, de forma explosiva, a que junta uma boa capacidade de leitura de jogo, que lhe permite alimentar com simplicidade Ben Reed (11) e Shawn Jackson (5), que preenchem os corredores laterais para lançar do perímetro ou jogar 1x1.

Na Ovarense, todos participam nesta acção, com os mais altos a terem papel de relevo, o que obriga os adversários a terem de se preocupar com todos os jogadores, porque todos ele são armas ofensivas. Todos e cada um dos jogadores devem constituir uma ameaça para a defesa. É por aqui que passa muito do sucesso da transição da Ovarense.

Élvis Évora (4), Gregory Stempin (15) e Miguel Miranda (14) não só ganham ressaltos, como correm de forma determinada no corredor dos “trailers”, ganhando posições de fácil concretização. Surpreendem tudo e todos quando optam por sair em drible pelo corredor central, de forma a tornarem vulnerável a defesa contrária.

As eliminações surpresa, na Taça da Liga e Taça de Portugal, e as últimas derrotas na Liga deixam esperanças aos outros candidatos. A “receita” para limitar a Ovarense no seu contra-ataque é de todos conhecida e passa necessariamente por:

- Uma boa gestão do tempo de posse de bola;
- Selecção de lançamento;
- Atacar a pensar na defesa;
- Participação activa no ressalto ofensivo;
- Organizar a recuperação defensiva.

Veja alguns exemplos do contra-ataque da Ovarense.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Colaborar com os jovens...


O plantel do RESSALTO.COM passa, a partir de hoje, a contar com a minha colaboração. Já está publicado no site (www.ressalto.com) um olhar especial sobre a modalidade.

Neste arranque de colaboração com o Ressalto.com, faço uma análise detalhada do campeão da fase regular do campeonato português, a Ovarense, e explico por que razão considero que os vareiros são candidatos ao troféu final.