quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Austeridade !




No  livro "Austeridade, a história de uma ideia perigosa" de Mark Blyth, escocês, doutorado em Columbia, EUA, professor de economia política na universidade de Brown, Providence, EUA, pudemos ler o seguinte:

"Estamos perante um conjunto de acontecimentos, designados como a crise da divida soberana, intimamente relacionados e que tem em comum a sua suposta cura. A austeridade, a política de cortar no orçamento do estado para promover crescimento. Que produz precisamente os resultados que diz estar a tentar evitar. Nem reduz a divida, nem promove o crescimento. Prejudica, mais do que ajuda. E uma ideia perigosa.
E tudo isto começou com os bancos. E acabara com os bancos. O problema são os bancos pelos quais os fundos soberanos tem de se responsabilizar especialmente na zona euro. O custo da recapitalizacao do sistema bancário global, acabou nas contas dos governos, que absorveram o fracasso financeiro dos seus bancos. O que significa que esta não e uma crise da divida soberana, mas uma crise muito bem camuflada da banca.
Toda a Europa precisa de ser austera, porque as contas de cada Estado tem de agir como amortecedor de todo o sistema bancário. Tem tudo a ver com os bancos!
Existe uma politica de fazer parecer que e tudo culpa dos Estados, de modo a que aqueles que provocaram a bancarrota não tenham de pagar por isso.
A austeridade não e apenas o preço da salvação dos bancos. E o preço que os bancos querem que alguém pague.
Poucos de nos fomos convidados para a festa, mas pedem-nos a todos que paguemos a conta.
Uma crise bancaria demasiado grande para falir nos Estados Unidos, tornou-se numa crise demasiado grande para resgatar na Europa.
E tudo isto levou-nos pelo caminho da austeridade abaixo.
E como veremos ao longo deste livro, a razão disso e em grande parte ideológica.
Sou um filho do Estado Providencia. Hoje sou professor de uma Universidade da Ivy League americana. O que possibilitou que me tornasse o homem que sou hoje, foi precisamente o chamado Estado Providencia.
Os rendimentos domésticos da minha família, eram um cheque do Governo. Ou seja, a pensão que a minha família recebia e as refeições gratuitas na escola, a habitação social e a escola gratuita a que tínhamos direito, funcionaram como escada da minha mobilidade social.
Ou seja, sem aquilo que alguns acusam ser responsável pela crise, não seria o que sou hoje.

Entretanto, a opinião do prestigiado (e insuspeito!) Finantial Times acerca deste livro foi...
"Notável"...
A bom entendedor...

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

"The Education of Duke freshman phenom Jabari Parker "


O artigo da SI : "The Education of Duke freshman phenom Jabari Parker " tem muita matéria  que merece reflexão oportuna. 
O jovem Jabari Parker tinha muitas dúvidas sobre qual a equipa Universitária  que iria jogar esta época  . Contudo a sua mãe sabia bem o que queria e logo  questionou o coach K : " O Jabari necessita de saber como o vai por a jogar e quais os seus objectivos ".
O treinador dos Blue Devil respondeu rápido  : " National player of the year. A national championship. First pick in the NBA draft."
O Coach K que também tem larga experiência com jogadores top ( vai continua a ser o Treinador da selecção Norte americana)  não teve  dúvidas ao afirmar : "Os grandes jogadores -- Durant, LeBron, Kobe, Carmelo - não têm posições , e tu Jabari és um grande jogador . Na equipa de Duke vais ser um jogador sem posição  "
Estabeleceu ainda a seguinte analogia: "Se  plantarmos uma planta num vaso, ela vai ficar com esse formato . Mas se  a colocarmos  numa   área grande e se a deixarmos crescer ,  coisas boas vão acontecer .  Se eu te  colocar numa caixa... e depois te chamar  de dois ou três, isso seria o mesmo que te limitar. Mas  eu vou dar-te liberdade para jogares em  várias áreas e posições , não haverá  caixa. Tu vais crescer em todos os lugares."
"Estás preparado para o desafio" , perguntou ainda  Krzyzewski .
Jabari sorriu e disse " Estou ."

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Quando as "Estrelas " de Miami falam , o treinador Erik Spoelstra escuta.


Alguns agentes desportivos  continuam a definir os bons treinadores como os que mais falam e gritam com os jogadores . No entanto os treinadores podem também ter sucesso sem essa forma de estar.
O "Coach" dos Miami Heat , Erik Spoelstrados, é um bom exemplo.
Progressivamente  tem reduzido o  tempo de  treino ao longo dos últimos quatro anos, , nomeadamente se o compararmos com a abordagem do maníaco dos treino o seu mentor Pat Riley. 
Cada vez mais ouve a opinião dos seus jogadores  o que está de acordo com a filosofia moderna que afirma que a maioria do treino deve ser dedicada à gestão da personalidade dos atletas.
Muitos dizem que a  sua predisposição para ouvir os atletas é uma das razões para que a equipa se encontre novamente em boa foram e ser candidata mais uma vez a ganhar na NBA.
Não resisto a publicar o artigo na totalidade, já que aborda um tema pertinente .
"SALT LAKE CITY—When the public thinks of strong coaches, it is prone to picture screamers, browbeaters, my-way-or-no-way sideline-stalkers.Yet there also can be strength—and success—in letting go.Erik Spoelstra has repeatedly shown he has a firm grasp on that critical concept.
The Heat coach has progressively reduced practice time over the course of the past four years—drastically when compared to the maniacal approach of his mentor, Pat Riley. And he has increasingly acknowledged his players’ opinions, which is in line with his oft-stated philosophy that roughly 75 percent of modern NBA coaching is about managing personalities. His willingness to listen has been evident again in the past week, and it’s one reason that his squad has found its form again, winning three straight entering Saturday’s scrap with the Utah Jazz
Since James revealed publicly that he wanted to play more minutes, he’s played an average of 40.1 minutes in the past four games, raising his season average from 36.9 to 37.2. And since Wade spoke of being just a “setup man” in the offense, Spoelstra has met with him, designing a different offensive package for him, one that has allowed the 10-time All-Star to operate more with the ball at the center of the floor, especially when he’s leading the second unit. Spoelstra has done this frequently over the past three years whenever Wade has openly struggled with an altered role, and it's worked again—Wade has shot 28-for-42 in the past three games. 

And if the Jazz pull a Saturday surprise and push the Heat to the brink, don’t be surprised if Spoelstra continues another trend, one that played out most prominently in Portland in late December. That’s where James was out of action due to a sore groin and Wade was out of rhythm. That’s where Spoelstra drew up a play for Chris Bosh to attempt a game-tying two-pointer. That’s where Bosh told Spoelstra he wanted more, quickly convincing the coach to let him fire from a few feet deeper.
That’s where Bosh’s buzzer-beater gave the Heat what is still their most satisfying win of the season. 
That’s where Spoelstra illustrated again that he’s unusually in tune with his players, which also means he’s unusually in tune with the times.Late in tight games, most coaches tend to tighten the grip.
“You get some guys, ‘Hey, this is gonna run, we’re gonna do it my way, and that’s it,’” Bosh said. “It makes it a lot more difficult to be in. But being a veteran with a lot of other veteran players on a championship level team, it’s catered for us.”

Spoelstra didn’t always take an inclusive approach, not in his first two seasons as a Heat coach (2008-09 and 2009-10) and not even at the start of the so-called “Big Three” era in the fall of 2010. 
“When we first put this team together, we needed to have structure and everybody on the same plan, without a lot of noise,” Spoelstra said. “Initially, you just want everybody on the same page, the huddle to be coherent. Sometimes the quickest way to do that is to have one voice with it. But with this team, it’s certainly evolved, and they see things, but they’ve been in so many situations that it only makes sense for all of us to be able to do it. It evolves with the comfort level and trust with your team, back and forth. That takes time.”
Of the current players, Wade and Udonis Haslem have been with Spoelstra for the longest period of time.
“It was different before the Big Three,” Wade said. “I mean, it was more so, 'Just give me the ball, iso, and I’ll shoot a shot and hopefully it will go in.' It’s a little different now.”
More choices.
More voices.
When reminded of the Bosh play in Portland, Wade said, “That’s the growth in (Spoelstra). He probably wouldn’t have done that a few years ago. He’s become very flexible, especially in those moments. He has. And it’s the kind of team he has, where he can trust guys.”
So how often does it happen, where Spoelstra alters a plan on a suggestion?
“A lot,” Wade said.
“All the time,” Bosh said. “Yeah, all the time. He gives us that freedom if it makes sense. He trusts our intelligence as basketball players.”
“I mean, it happens,” Spoelstra said. “It happens all the time, where guys say, ‘I saw this. Well, what about that?’ Well, okay. Adjust it.”
And how does it work?
“Sometimes I’ll ask,” Spoelstra said, "'What did you guys see on that one?' Or, 'I think we can get this, do you see that?' And they’ll say, ‘No, I don’t see that, let’s go back to the one we ran before.’”
Wade confirmed that these conversations occur, with Spoelstra sometimes asking for suggestions before the play is drawn, and sometimes after. “He’ll say, ‘What y’all want to do?’” Wade said. “He knows we need to be comfortable with it.”
And contrary to what you might think, Heat players aren’t always promoting themselves. “It’s more so calling someone else’s number,” Wade said. He recalled last season's March 6 win against the Orlando Magic, when Spoelstra originally chose him to initiate the action. Wade told Spoelstra to assign the play to James, who accepted and then drove for the game-winning layup. 
“It’s not always about, ‘Ooh, I want the ball,’” Wade said. “Of course you do. But sometimes you go off matchups, sometimes you go off how much time is on the clock and what a guy can pull off.”
In those cases, Spoelstra allows himself to be pulled in a different direction.
“If he has something, then we go with it,” James said. “If we feel like we’ve seen something out on the floor, he allows us to go with it as well. There’s definitely growth in the relationship since we got here. We trust him, he trusts us.”
Sometimes, there’s little speech involved.
“If you’ve been around each other a long time, it can be shorthand, talking in fragments, and everybody knows what you’re talking about,” Spoelstra said. “As we’ve gotten so much more experience together, it’s more of a flow. It’s hard to explain.”
He does explain one aspect quite clearly, however.
“I won’t necessarily always agree, and vice versa,” Spoelstra said. “I may see something, they don’t necessarily agree. But whatever we decide, when we leave the huddle or practice or shootaround or a film session, we’re all on the same page. “
Again, all of this has been a process.
It hasn’t been perfect, and it won’t always be, because basketball never is.
“We’ve been in situations in the past, where we’ve both made mistakes in trying to audible, and it just created confusion,” Bosh said. “Yeah, it was a bit chaotic at first. I mean, it happened. But I mean, it was just like, 'Ooooo!' You know, it was just a bunch of noise. But we’ve gotten to the point, and that’s through trial and error, where we can explain what we want to do. We can make suggestions, bounce ideas off in a short amount of time, and everybody knows their place, knows their role and can take suggestions quite easily. We’re able to work out, get a play drawn up, and everybody knows what they’re doing.”
Everybody starts to know his own place.
Does Bosh hesitate before interjecting?
“No, I just say something,” Bosh said. “You play so much basketball, you can kind of forecast some things, and you know what’s gonna happen…it’s kind of like a superpower, I guess, because you kind of just see something. And you put yourself in a situation, it’s like, 'No, that’s not gonna work, because this is what’s gonna happen. And I need this to happen. So why don’t we do this?' I don’t explain all of that. But it’s like, 'Hey, let’s do this.'”
Shane Battier contends that Spoelstra likes “a certain amount of chaos,” which the veteran swingman believes is "good for our team," so it can learn to deal with different, stressful situations. But he also claims that he doesn’t contribute often to that chaos.
When does he speak up?
“I wouldn’t say regularly,” Battier said, laughing. “Not too often. If your name is Wade, James or Bosh, I think you have that freedom.”
Wade, through a laugh, called that “bull-,” well, "bleep."
“They got green lights around here, too,” Wade said.
Apparently, that’s true even when they’re ailing. Recently, when Mario Chalmers was sidelined, he offered his own play-call suggestion. He saw an opportunity to get Ray Allen open with a floppy set.
“It actually worked,” Chalmers said. “Spo looked at me and gave me a wink.”
Not every suggestion gets the nod, as Bosh admitted. But one of James’ suggestions definitely did. That came with the Heat down three against the Atlanta Hawks on Dec. 23.
“I changed the play and Ray got fouled on the three,” James said. “It went into overtime and we won.” 
Perhaps that won James a little more license to correct his coach.
Still, even he, the sport’s brightest star and strongest personality, has been careful not to overreach.
“I know when I can test Spo,” a smiling James said, “and when not to.”

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Naturalizar a granel não é solução.


Nos últimos dias,  contrariando o que vem sendo infelizmente habitual ,e  motivado pelo sorteio da FIBA , algumas noticias relativas à modalidade têm vindo a terreno.
Na minha qualidade de treinador e representante dos mesmos como Delegado da FPB tenho legitimidade para também escrever umas linhas sobre a matéria em discussão.

O tema naturalizados é  pertinente, já que  maioria dos países recorre também aos mesmos e nós não podemos ser excepção.
Só que não adianta naturalizar a granel já que como sabemos há limites na sua utilização. Não podemos , obviamente, cair no erro grosseio em que recentemente a Holanda  esteve envolvida por não cumprir com artigo 88.3 que indica claramente “que as seleções apenas podem jogar com um atleta naturalizado”.
Na nossa lista já estão prontos a ser utilizados o “Betinho”, o Arnette e o Gentry.
O nome do jovem Marko Lancovic  tem sido nos últimos dias abordado também. É contudo necessário  usar de  um critério coerente que leve em conta a nossa realidade.  Qualquer um , mesmo sem ser um “expert” da modalidade , sabe que ,entre outras coisas, o que nos faz mesmo muita  falta são jogadores interiores robustos e competentes.

Mas muito mais importante que a questão de saber quem é o naturalizado é mesmo a renovação da selecção. Face aos  resultados medíocres que obtivemos no último Europeu ( ficámos afastados Europeu 2013) podemos dizer agora que perdemos tempo como alguém disse no tempo e lugar  certo.

A tarefa na próxima competição não se afigura fácil, mesmo tendo em conta que Hungria, Republica Checa e Geórgia não sejam também selecções com grandes credenciais.
Obviamente que mesmo atrasados no tempo a solução só pode ser mesmo renovar.
Um olhar atento aos últimos dados estatísticos da competição principal da FPB :
“MVP”

Permite retirar conclusões simples:
  •          Os estrangeiros, mesmo com número limitado e de qualidade inferior , dominam a Liga.
  •          Os veteranos Marçal, Minhava, Paulo Cunha e Miranda são ainda os jogadores nacionais com melhor rendimento.
  •          O João Gomes na qualidade de naturalizado suplanta claramente Genty.
  •          No Top 25 apenas aparecem os jovens Pedro Pinto, José Silva e Fábio Lima , potenciais candidatos à selecção.


Se levarmos ainda em linha de conta a participação no último Europeu da Selecção Nacional de Sub 20  (25º lugar):

Concluimos das dificuldades que vamos encontrar nesta fase de qualificação do Eurobasket’2015.

À selecção Nacional , como a todas as equipas de competição, o que é justo pedir é que mesmo em período de renovação tardio  seja competitiva e que lute pelo apuramento.


quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

" Best Seller "

Tenho vindo a partilhar a versão digital do  meu livro "Uma vida de desafios". 
Os pedidos são mais do que muitos, mas a todos respondo com prazer.
Não quero ganhar dinheiro com o livro , é grátis para quem ainda não sabe tudo...





Quem ainda não leu o livro e tiver interesse é só pedir mariojfs@hotmail.com

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A minha vida de treinador tem sido feita de desafios, a maioria dos quais com grandes riscos e em situações bem complicadas de resolver. Umas vezes tenho tido sucesso, outras nem por isso . A verdade contudo é que nunca virei a cara à luta. 
Escrever um livro da modalidade que amo foi mais um desafio que obviamente não rejeitei.
Faz algum tempo publiquei uma lista alargada do muito que tenho escrito ao longo dos anos. Muitos treinadores me têm pedido artigos e a todos respondo, como sempre fiz. 
Quem ainda não leu o livro e tiver interesse é só pedirem (mariojfs@hotmail.com )...

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O basket real que teimam em não querer ver....

Felizmente vou recebendo muitos mails de treinadores que me relatam o basket real que alguns teimam em não querer ver. Desta vez foi o meu amigo Manuel Azevedo que passo a citar:


Como podem sobreviver  clubes como este com despesas  mensais com as arbitragens a rondarem os 750 a  1000 euros ,  que os leva a terem de fazer opções e a não conseguirem inscrever equipas mais velhas para darem oportunidades aos mais novos .
Só contam mesmo com eles para baterem palmas nas Festas e noutros Trolarós. Assim o mais provável é que desistam...

Segundo me diz o Manuel Azevedo o descritivo da despesa é o seguinte:
Manuel Azevedo custos detalhados...prémios de jogo aos árbitros 25 euros x dois, oficiais de mesa 18 x três, mais prémios de deslocações 78 euros para árbitro de coimbra, 53 para árbitro de leiria, mais cinco euros para cada oficial de mesa, tudo somado 250 euros num jogo da última divisão do basquetebol português, falta os custos com o observador dos árbitros que é de viseu

Falar sem medo da censura...

O tempo da censura acabou , felizmente , com o 25 de Abril.
Mas ainda hoje falar e  dizer o que nos vai na alma é um acto de coragem, mesmo no basquetebol.
O jovem treinador Américo Santos e o espanhol Moncho Lopez opinaram de sua justiça:



http://desporto.sapo.pt/basquetebol/campeonato_portugal/artigo/2014/01/31/moncho_l_pez_h_na_fpb_alguns_d.html

Regresso à base...

Decidi fazer temporariamente uma retirada estratégica e ao mesmo tempo aproveitar para respirar ar puro.
Regressei à escola ( agora vou lá mais vezes que quando estava efectivo...) onde todos me respeitam e tratam bem.
Treino todos os que aparecem na Alves Redol. Sempre optei por trabalhar em vez de ficar na bancada com o "loby" dos amigos à espera de novas oportunidades ou de receber elogios fáceis com vejo muitos a continuarem a fazer sem nada darem à modalidade , a não ser teoria e "pedagogia"...Os Lakers vão certamente continuar com Mike DAntoni e no dia que ele sair não se vão lembrar de mim, logo até ver fico no CJAR.