FEDERAÇÃO REDUZ LIMITE DE ESTRANGEIROS

O erro é velho , mas persistem.
Na minha opinião , que tem apoio no João Freitas (CAB) , os jogadores portugueses devem conquistar o seu espaço pelo trabalho e capacidade e não pela regulamentação restritiva ...

Equipas da LPB terão de reduzir atletas estrangeiros de quatro para três.

Numa reuniao realizada ontem, em Coimbra, no Pavilhão Mário Mexia, entre a Federação e os clubes com representação na Liga Masculina, foi discutida a legislação referente ao numero de estrangeiros. Após muita discussão, ficou estabelecido que o numero de estrangeiros permitidos na LPB seria reduzido de quatro para três.

No debate, a Federação insistiu que fossem permitidos apenas dois, porém uma coligação de clubes (entre os quais o CAB-Madeira, SL Benfica, FC Porto, Ovarense,Sampaense e Lusitânia) apresentou uma proposta de redução para três estrangeiros,que acabou por ser adoptada.

O site do CAB-Madeira pediu ao treinador João Freitas para comentar esta situação. Abaixo ficam registados os comentários do técnico :

“Toda a argumentação que foi apresentada para que se reduzisse o número de estrangeiros na Liga, no nosso caso, não se aplica. Temos como filosofia privilegiar o trabalho de cada jogador e dar oportunidades a todos os que trabalhem. Connosco os portugueses jogam muitos minutos, não ficando ‘tapados’ pelos estrangeiros. Conseguimos arranjar estrangeiros mais baratos que os portugueses e melhores. A redução de quatro para três vai aumentar ainda o fosso qualitativo entre as equipas de topo e as outras. Assim ainda fica mais difícil competir.”

“Está na hora de, uma vez por todas, a Federação encontrar um rumo para o desenvolvimento da modalidade. Esta questão dos estrangeiros não vai resolver em nada os problemas dos jogadores portugueses. É uma medida que, isolada, não traz nada de positivo. Não podemos andar todos os anos a mudar as regras e a fazer experiências que não conduzem a lugar nenhum.”

“As premissas que o ano passado conduziram a que fosse quatro o número de estrangeiros, a meu ver, não mudaram. Vejam as melhores selecções do Mundo, nos seus campeonatos nacionais, quantos estrangeiros permitem? É necessário que se trabalhe mais e melhor. Que se organizem mais e melhor todos os intervenientes. Se isto não acontecer estaremos todos os anos a pensar em mudar as regras, quando o problema é muito maior que a regra em si.”