domingo, 21 de janeiro de 2007

Desporto escolar com menos dinheiro....


As receitas do desporto escolar, provenientes do Orçamento de Estado (OE) e do Totoloto, registaram uma diminuição nos últimos anos, revela o estudo Desporto Escolar -Um Retrato, apresentado ontem. A diminuição das apostas no Totoloto - que contribui com 98% das receitas -, e a descida das verbas do OE, que em 2002 ascenderam a 484 377 euros e em 2005 apenas a 42 500 euros, justificam esse decréscimo.

Luís Capucha, director-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular do Ministério da Educação, reconheceu na apresentação que os equipamentos são uma das lacunas do desporto escolar. Mas o responsável salienta que "temos investido todos os anos na melhoria dos equipamentos escolares".

O director-geral manifestou a sua satisfação pelos resultados obtidos pelo desporto escolar, designadamente "o crescente envolvimento das escolas, dos agentes educativos e não apenas dos especialistas". Mas acrescenta: "Julgamos que podemos ir mais longe."

No capítulo pedagógico, Jorge de Sousa, autor do estudo, juntamente com Jorge Magalhães, destaca a importância do desporto escolar para "o desenvolvimento do desporto português e de Portugal".

Os 110 mil praticantes de desporto escolar, desde o 5.º ano de escolaridade até ao 12.º ano, aprendem "a entreajuda, a disciplina, o trabalho em equipa, o respeito pelo outro", evidencia Jorge de Sousa.

Entre os vários projectos desenvolvidos nas escolas salientam-se a Taça Luís Figo, com várias modalidades, e o MegaSprinter, de atletismo, patrocinado por Francis Obikwelu.

Além de aprenderem a ser atletas muitos alunos também recebem formação no sector da arbitragem. No ano lectivo de 2004/05, 3267 alunos foram árbitros e juízes, 42,3% dos quais na região Norte (1381).

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