terça-feira, 12 de julho de 2011

Estamos a acordar....finalmente.

Os  sinais de reacção ás medidas decididas pela FPB e Associações vão-se multiplicando. Agora é a vez do companheiro Zé Salgueiro fazer uso da sua   qualidade de representante dos treinadores na AG da FPB.
Não podia evidentemente estar mais de acordo.

 
"Ao tomar conhecimento da decisão da Direcção da FPB ao em estabelecer uma taxa de inscrição aos treinadores consoante o seu nível de formação sendo os de Nível III os mais penalizados venho por este meio manifestar o total desacordo por esta medida e o contrasenso que ela representa.
 
Se nos disserem que se taxa a inscrição aos clubes das Ligas os quais têm recursos para pagar a estrangeiros e à elite dos jogadores (as)
portugueses... ainda posso admitir. Agora taxar um treinador de iniciados só porque procurou melhorar os seus conhecimentos e a sua qualidade de intervenção investindo na sua formação tendo atingido graus superiores não posso estar minimamente de acordo.
 
É um contrasenso porque apenas vai provocar a utilização de treinadores com nível menos elevado ou a inscrição destes treinadores como dirigentes.
Somos críticos às últimas medidas do IDP no que se refere à formação de treinadores e no entanto vamos tomar medidas igualmente lesivas para a qualidade do ensino do basquetebol?
 
O investimento realizado na ENB, nos clinic's, nas acções, nos coordenadores zonais de formação a regulamentação que obriga a ter um determinado nível de formação consoante o escalão que se treina, o exemplo que somos e que publicitamos o qual é copiado pelo próprio IDP e por outras Federações e agora vamos tomar medidas que contrariam todo este processo?
 
A ANTB não é nenhum sindicato mas não poderá ficar indiferente a esta decisão na minha opinião lesiva para o Basquetebol e deve faze-lo sentir à Direcção da FPB esse descontentamento sabendo desde já que na instância onde poderei expressar claramente esta indignação e para a qual recebi a confiança dos treinadores qual será a minha posição.
 
Sem mais de momento coloco-me à vossa disposição para continuarmos a debater este assunto e despeço-me com as melhores 
Saudações Desportivas
José Salgueiro
 

5 comentários:

Abílio Lopes disse...

Concordo em absoluto com o José Salgueiro. Faz algum sentido taxar os treinadores consoante o seu nível de formação??? É quase o mesmo que dizer aos clubes, em hora de crise, se tiverem nos vossos quadros treinadores com nível de formação mais baixo "podem poupar uns trocos". Até porque nos escalões mais baixos nem são são necessários... Desculpem a ironia.

G disse...

Este artigo do Jose Salgueiro e o teu anterior mostra o caminho que se pretende seguir: Falta dinheiro logo carregam-se os Clubes e logo depois carregam-se os treinadores, fomentando a Nao Formaçao e a trafulhice de inscrever treinadores como dirigentes ... e as medidas de redução de custos da FPB, ficam para mais tarde, conforme consta no comunicado ... Ironicamente: Se acabarmos com os Clubes talvez as contas da FPB se componham!! Está na hora de abrir os olhos pessoal!

Fontes Rosa disse...

Mais uma vez os Dirigentes,à revelia dos Técnicos,tomam decisões prejudiciais ao desenvolvimento da modalidade...!?
Já não bastam as exigências escabrosas dos novos Cursos de Treinadores e agora ainda querem penalizar os Clubes que apostarem nos Treinadores de mais elevada Formação...
Está na hora de os Treinadores terem uma palavra a dizer neste momento de crise...

Mário Silva disse...

No seguimento das notícias recentes, agradeço que efectuem uma pequena reflexão sobre os seguintes temas:

Pagamento de taxas de treinadores:
A variação dos valores da inscrição dos treinadores pelo nível de formação, vai levar a uma distorção daquilo que penso que todos nós queremos, ou seja melhores treinadores, e treinadores com mais formação, entendendo as dificuldades económicas que todos temos nos dias de hoje, penso que esta medida deveria ser repensada.

Fusão da CNB2:
A simples medida de fundir a CNB1 e a CNB2, não leva a nada mais, do que a real extinção da CNB1, ou seja a uma pirâmide de competições, extremamente afunilada, em que se vai colocar cerca de 70 equipas, a competir por dois lugares, parece-me desproporcionado, e parece-me que vamos criar desmotivação profunda desmotivação num grande número de equipas. Não consigo encontrar a mínima vantagem económica desta proposta.
Nota: adaptação de e-mail enviado a associações, FPB e alguns treinadores.
RUI GOMES

Paulo Ramos disse...

Em relação aos valores das tx. a pagar pelos treinadores em função do seu nível, tal medida parece-me, naturalmente, despropositada. Aliás, só pode ter sido tomada por uma assembleia em que não devia constar nenhum treinador, nem que tivesse apenas a carteira e não exercesse há longos anos. Nenhum treinador, que se sinta de facto como tal e não como dirigente, permitiria que tal fosse sequer questionado, quanto mais efectivado no papel. Já em relação à fusão de CNB's estou de acordo, embora não nos moldes em que vai ser realizada (ou seja, nos moldes da extinta CNB2). É verdade que serão muitos clubes a lutar por poucas vagas, mas a maioria anda lá por recreação e lazer. Veja-se quantos casos houve, nos últimos anos, de equipas a desistirem já na 2ª fase da CNB2 (Farense, Pinhalnovense, etc.) ou a ganharem o direito desportivo de subirem à CNB1 e a não o fazerem (Palmela, etc.). Ou seja, quem quiser mesmo assumir-se como candidato à Proliga conseguirá certamente acercar-se de tal propósito. Agora, arriscar mais e dividir a Proliga em 2 zonas e permitir mais subidas, seria interessante. Quem sabe de futuro... Com esta fusão continuaremos com o grande problema competitivo da extinta CNB2: a época acaba muito cedo para a maioria e muito tarde para quem vai à final. Fará sentido andar a disputar finais a 3 de Julho, quando outras equipas já estão de férias desde Fevereiro?