Felizmente ao longo dos anos sempre tive o privilégio de contar com a opinião do Prof. Jorge Araújo que me faz refletir sobre o basquetebol.
Junto uma das últimas reflexões :
"A propósito do debate que ainda
persiste ao redor dos perigos contidos na especialização
precoce no nosso minibasquete,
tenho a acrescentar o seguinte.
Enquanto licenciado em educação
física e ex-treinador profissional de basquetebol, agora a concluir na
Universidade de Coimbra um doutoramento na área do comportamento humano, diria
que deixou
(há muito!) de fazer sentido treinar meramente a anatomia das nossas crianças e
jovens.
Muito menos insistir em abordagens
exclusivamente analíticas ou lúdico recreativas,
quando afinal se trata simplesmente de ensinar a jogar basquetebol dentro dos
parâmetros pedagógicos e educativos que as idades dos 8 aos 12 anos assim
justificam.
Está hoje assumido a nível
científico e filosófico que toda e qualquer aprendizagem desportiva
deve acontecer em busca da aquisição de uma sabedoria comportamental global.
No fundo, o que na linguagem dos
treinadores significa, “aprender a jogar, jogando”.
Cumprindo aos treinadores, respetivamente, Pensar e Intervir como um Treinador, onde a palavra COACH ganha um
significado muito para além do mundo desportivo em que começou a ser utilizada.
Em COACH,
C de Care (Cuidar),
O de Observe (Observar),
A de Act (Agir, Intervir, Dar Feedback),
C de Communicate (Comunicar)
H de Help (Ajudar),
Deixando bem clara qual a responsabilidade
dos treinadores em tudo o que respeita a alimentarem (FEED) o potencial
das crianças e jovens que treinam para serem excelentes.
F de Focus, Foco
na sua tarefa e nos objetivos a alcançar.
E de Energy, Energia
e paixão em tudo o que fazem.
E de Effort, Esforço
e trabalho árduo constantes.
D de Desterity, destreza
e competência técnica e comportamental que lhes permita assumir de
forma continuada que quem joga são os jogadores e não os treinadores".
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