Texto de Mario J. F. Silva
Em exclusivo para os seguidores da página facebook Luis Osório .
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A liberdade de expressão e o direito de opinião são características dos regimes democráticos e deveriam fazer parte do nosso dia a dia. Escrever nas entrelinhas já faz parte do passado e instrumentalizar a comunicação não leva certamente ao progresso.
O basquetebol não foge á realidade e a informação vinculada individual ou coletivamente pouco contribui para o desejado progresso técnico .
A comunicação social nunca deu grande acolhimento á modalidade e quando o dá é pouco informativa e formativa . A internet é hoje o principal meio de comunicação, com a estrutura federativa e alguns sites próximos a terem papel dominante .
Não se estranha pois que seja raro lermos uma opinião abalizada e uma critica fundamentada que proponha um caminho a seguir. Mesmo as reportagens das competições são pouco enriquecedoras e os comentário e a critica sobre as atividades têm na maior parte dos casos visões pouco coerentes e mal fundamentadas .
É sabido que o progresso é mais eficaz quando conseguimos integrar a diversidade de opiniões e sabemos respeitar eventuais oposições.
O famoso psiquiatra Augusto Cury reforça a ideia : “ Os piores inimigos de uma teoria , não são os seus críticos , mas os seus discípulos radicais, ou seja, os que aderem rigidamente e são incapazes de a criticar”.
A maioria das opiniões na modalidade reflete apenas e só as ligações pessoais e institucionais e não procura uma comunicação mais efectiva com os factos concretos .
Quem escreve sobre o basquetebol deveria ter uma perspetiva global dos problemas de forma a estar em condições de dar contributos para o seu desenvolvimento. O critico desportivo, os agentes da modalidade e as várias estruturas deveriam assumir as suas responsabilidades sem escrever nas entrelinhas ou adulterar a realidade.
Tomemos como exemplo duas opiniões recentes :
A primeira de Ticha Penincheiro ( ex-Jogadora WNBA): “Penso que o basquetebol português está no bom caminho . Os resultados dos últimos anos são indicação disso mesmo” , .
Já o Jornal A Bola escrevia na mesma altura: “A seleção nacional acaba por ser a mais castigada pela falta de talento ao nível da formação e numa década passou da 1ª Divisão da Europa para a 3ª divisão . Não é possível bater mais no fundo“.
Quem tem coragem e capacidade para justificar as opções que conduziram o basquetebol à situação atual ?
Mário Silva
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