A crise e a nova realidade do país tem levado a alguns reajustes em todas as áreas :
O executivo Camarário de Lisboa alterou radicalmente a organização da capital reduzindo o número de freguesias de 53 para 27.
Cerca de uma centena de escolas básicas e secundárias, entre as 1200 da rede pública, serão integradas em mega-agrupamentos-.
O Governo prepara-se para fazer o mesmo com os Municípios.
Estive recentemente em Trancoso e da conversa com os treinadores locais dei mais uma vez conta das dificuldades múltiplas e do isolamento a que são votados por quem de direito. A forma como estamos organizados não facilita quem quer trabalhar e desenvolver a modalidade. Não faz qualquer sentido termos tantas Associações , algumas delas com poucos Clubes e praticantes. A solução das -Mega/Associações teria aqui todo o sentido. A prática mostra que é esse o caminho a seguir. Os Torneios Inter Associações realizados no Norte, o Torneio vale Tejo (realizado a Sul) e as presenças dos clubes da Associação de Setúbal nas provas do Mini da ABL são sinais concretos que é possível agrupar para rentabilizar.
Mais equipas e mais competição daria certamente outra motivação a tantos treinadores que um pouco por todo o país tentam inverter o rumo da trajectória descendente da modalidade. O problema das distancias já está resolvido (provavelmente até temos auto-estradas a mais…). Poupavam dinheiro em quadros técnicos e instalações. E ganhavam um basquetebol mais competitivo e organizado…
4 comentários:
Subscrevo!
Mais uma nota para refleção:
Faz sentido num país tão pequeno as equipas de Lisboa e Porto se defrontarem em todos os escalões em apenas 2 jogos num ano???
Não poderia estar mais de acordo com este artigo. O isolamento a que estão votados os clubes do interior, a falta de densidade humana (diminuição drástica de praticantes, falta de recursos humanos qualificados, etc.) impõe uma mudança no quadro competitivo actualmente existente, sob pena de estarmos a liquidar o basquetebol no interior do país. Pode ser um caminho, mas não me parece justo privar jovens da prática de uma modalidade apenas por viverem no interior.
E acrescento ainda que os resultados vão provando que decididamente existe ainda potencial para crescimento nestas regiões.
Carlos Lima - Basket Clube de Vila Real
A reorganização das competições regionais e a fusão de "mapas competitivos" é o único caminho para a consolidação da modalidade.
Como sugestão, devemos olhar para os mapas das regiões-plano de Portugal (Norte, Centro, Sul) e adoptar esta visão regionalizada para a organização das competições. Deixemos também aquela ideia peregrina de juntar equipas do interior com equipas do interior. Se o maior desenvolvimento da modalidade está no litoral, é preciso aproximar esse litoral desenvolvido do interior. Esta é a dinâmica viável. Mesmo porque as distâncias são mais curtas e mais fáceis.
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