O mítico pavilhão do Madison Square Garden foi palco de mais um feito do coach Krzyzewski( Duke) . Com o triunfo frente a St. John's (77-68 ) passa a ser o primeiro treinador da NCAA a atingir a marca das 1000 vitórias .
Nas fileiras de Duke alinha o potencial número 1 do próximo DRAFT , o poste Jahlil Okafor. Tinha muitas opções, mas acabou por decidir por Duke por causa do treinador :
“ Ele é o treinador mais premiado de todos os tempos . Eu adoraria ajudá-lo a obter a sua vitória número 1000 ".
E ajudou mesmo ao marcar 17 pontos e a conquistar 10 ressaltos
Não adianta copiar .
Com 40 anos de carreira( Indiana, Army e Duke ) Krzyzewski mais conhecido por coach “K “, agora passa a ser 1k”, é filho de pais polacos . Jogou em West Point a base, era um bom defensor e também tomava boas decisões no ataque, sem ser um grande marcador de pontos .
Iniciou aí, aos 28 anos, a carreira de “Head Coach “( vitória sobre Leight por 56-29).
Os seus mentores foram Bob Knight (foi seu jogador em West Point e posteriormente seu adjunto em Indiana), Pete Newell e Henry Iba.
“Aprendi muito com eles, mas não adianta copiar ninguém .
Se temos algo para dizer à equipa usamos a nossa personalidade e os nossos valores. Digo sempre aos jovens treinadores que trabalham comigo : não tentem ser como eu. Aprendam com as minhas experiências , usem algumas das
lições e incorporem-nas nas vossas ideias “.
Krzyzewski, entrou na universidade de DUKE em 1980 e não tem vontade de sair, pese o facto de todos os anos ser convidado para treinar NBA
Registos
O números do Coach Mike Kryzewski falam por si :
Lidera destacado a lista dos treinadores com mais vitórias na história da competição universitária
• Krzyzewski 1000
• Jim Boeheim 954
• Bob Knight 899
• Dean Smith 879
• Jim Calhoun 877
Campeonatos conquistados :
• 4 - NCAA Division I Tournament Championships (1991,1992, 2001, 2010)
• 11 - NCAA Regional Championships – Final Four (1986, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1994, 1999, 2001, 2004, 2010)
• 13 - ACC Tournament Championships (1986, 1988, 1992, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2005, 2006, 2009, 2010, 2011)
• 12 - ACC Regular Season Championships (1986, 1991, 1992, 1994, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2004, 2006, 2011
Participações
• 8 -NCAA Championship Games (1986, 1990, 1991, 1992, 1994, 1999, 2001, 2010)
• 13- Elite Eights (1986, 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1994, 1998, 1999, 2001, 2004, 2010, 2013)
Prémios
• 2- Basketball Times National Coach of the Year (1986, 1997)
• 3 -Naismith College Coach of the Year (1989, 1992, 1999)
• 1 - NABC Coach of the Year (1991)
• 5 - ACC Coach of the Year (1984, 1986, 1997, 1999, 2000
Os registos de vitórias, campeonatos e distinções são elucidativos , mas ainda podemos acrescentar mais uma :
ZEROS
• Zero vezes que tentou passar as culpas das 308 derrotas
• Zero escândalos e investigações da NCAA.
Já Boeheim (Syracuse ) foi castigado em 1992 , e enfrenta outra investigação no momento. A NCAA não largou Calhoun. ( Connecticut ) até este se reformar .Boby Knight também não foi um modelo de virtudes.
Zero vezes que não deu o seu melhor e não soube tirar o melhor proveito dos jogadores.
Com “K” , a verdade , a fé , os objectivos , a família e a palavra estão sempre presentes
O obrigado de Jordan
Mais impressionante ainda é a sua a carreira internacional no basquetebol da FIBA.
Krzyzewski é também treinador das
Seleções dos Estados Unidos. Conquistou 2 medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos (2008 e 2012 ) e foi campeão do Mundo em 2010 e em 2014 .
Em 1992 foi treinador adjunto com o “Dream Team “ e teve oportunidade de conviver com Michael Jordan que um dia lhe disse :
“Coach pode-me ajudar a treinar os fundamentos durante meia hora ? Por favor trabalhe comigo “.
“ K” aceitou com gosto e no final Jordan disse-lhe apenas : “Obrigado”
Jordan podia ter sido uma “prima dona” , mas foi correto para “K” . O que o marcou mais é que o grande jogador lhe disse inicialmente “coach”, depois “por favor” e no final “obrigado” .
O Professor “ k”
Mais do que treinador ele é Professor . Dá ênfase á formação dos seus treinadores adjuntos e ajuda-os no seu crescimento e os resultados são brilhantes : 12 deles são já “Head coach” :
▪ Tommy Amaker: Seton Hall (1997–2001), Michigan (2001–2007), Harvard (2007- 2015)
▪ Bob Bender: Illinois State (1989–1992) Washington (1993–2002)
▪ Mike Brey: Delaware (1995–2000), Notre Dame (2000–2015)
▪ Jeff Capel: VCU (2002–2006), Oklahoma (2006–2011)
▪ Chris Collins: Northwestern (2013–2015
▪ Johnny Dawkins: Stanford (2008–2015)
▪ Mike Dement: UNC Greensboro (1991–1995, 2005–2011), SMU (1995–2004
▪ David Henderson: Delaware (2000–2006)
▪ Bobby Hurley: Buffalo (2013-2015)
▪ Tim O'Toole: Fairfield (1998–2006)
▪ Quin Snyder: Missouri (1999–2006)
▪ Chuck Swenson: William & Mary (1987-1994)
▪ Steve Wojciechowski: Marquette (2014–2015)
Dois ex-jogadores — Jeff Capel e Nate James—trabalham actualmente com Krzyzewski ( assistants ). O mesmo se passa com Jon Scheyer (special assistant.
Krzyzewski treinou também os NBA “general managers” : Danny Ferry ( Atlanta Hawks) e Billy King ( Brooklyn Nets).
Chip Engelland é “assistant coach” e especialista de lançamentos em San Antonio Spurs desde 2005 e Bob Bender é ,” assistant coach “ nos Atlanta Hawks .
“ Coach K” também diz palavrões
Krzyzewski é um modelo de boa educação nas conferências de imprensa , mas ninguém imagina a linguagem que utiliza quando os microfones estão longe .
“ Nos jogos confronta e desafia todos. Talvez a melhor palavra para o descrever é mesmo DESAFIADOR .
O uso de palavrões é impressionante, são como uma arma que arremessa contra os árbitros , para repreender os seus jogadores e até para si mesmo”. refere Ed Hardin, um jornalista que o segue desde 1984.
Capacidade para mudar
Algumas equipas vencem porque recrutam os melhores jogadores para um sistema específico. Pelo contrário, Krzyzewski sempre venceu ajustando o sistema para os jogadores do plantel .
" Ele não joga da mesma maneira que jogava há 10 anos, ou 20 anos atrás ", disse Jay Bilas , ex- Duke e agora famoso comentador ESPN . "O modelo de jogo tem a ver com os jogadores. Ele recebe os melhores jogadores e depois escolhe o estilo de jogo que melhor se adapte a eles , maximizando todas as oportunidades para ganhar. "
Krzyzewski já não é novo (67 anos) , mas mantém a capacidade de aprender e de se adaptar às novas realidades , o que lhe permite mudar, no dia -a-dia e de jogo para jogo , e continuar ganhar tantas vezes .
"Eu acho que um de seus traços mais valiosos tem sido a sua capacidade de adaptação, " afirmou John Roth , um analista de rádio em Duke .
Os treinadores mais atentos sabem que mudou o modelo de jogo, como por exemplo, o contra ataque e a forma de defender os bloqueios directos. Isto aconteceu depois de trabalhar com alguns treinadores da NBA que fazem parte do seu seu “ staff “ nas Selecções dos Estados Unidos.
Com a entrada de novas escolas, a competição na ACC ( Atlantic Coast Conference ) está também a mudar. Isto significa que Duke e o seu treinador , face a novos conceitos e estilos de jogo, também terão de ajustar, mais uma vez, o modelo de jogo .
Sendo mais específico, os Blue Devils vão ter de passar a defender à Zona .
Não sendo totalmente estranha , raramente a usaram no passado, mas hoje faz parte integrante da sua forma de jogar. Adicionar a zona ao seu repertório não é algo que possa ter sido feito no meio da temporada . Para defender tão bem como têm feito no últimos jogos, certamente treinaram muitas horas. Acredito contudo que a defesa agressiva de “homem -a- homem”,marca da escola, será sempre a defesa preferida do treinador de Duke .
Com uma mentalidade aberta e disposto a continuar a aprender, “K” explicou porque ajusta : “ Na competição defronto sempre os melhores treinadores , o que me obriga a pensar e a ser diferente”.
Vai continuar a ganhar
Odiar Duke é fácil e entende-se : Eles são muito bons . Só sabem ganhar . Recebem muita atenção . Recrutam grandes jogadores.
Mas pode alguém realmente não gostar de Mike Krzyzewski ? Isso é possível ? Claro que não .
Acabado o último jogo com mais uma vitória o mais provável é que seguindo o exemplo de Alex Fergunson ou Mourinho também ele se tenha sentado a descansar e a beber um bom vinho . Não perdeu certamente muito tempo com este jogo . Só o viu mais um vez , como faz sempre , e , em seguida, passou logo para o próximo jogo .
Krzyzewski , não vive do passado. O mais importante é mesmo o presente.
domingo, 25 de janeiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
Promover o basquetebol
O Basquetebol perdeu muito espaço nos últimos anos na Comunicação social e hoje tirando notícias da NBA , com interesse limitado , raros são os artigos publicados. Fui convidado para colaborar no site Bola na Rede , e obviamente aceitei para dar mais visibilidade à modalidade.
PERDEM TODOS
A equipa basquetebol feminina de Arroyo Valley (high school ) foi notícia esta semana, nos Estados Unidos, por ter derrotado Bloomington High por 161-2. Naturalmente que o seu desportivismo está a ser fortemente questionado. ”Não tenham pena da minha equipa. Eles é que deviam sentir pena da sua própria equipa, que não está a aprender o jogo da maneira correcta”, disse o técnico de Bloomington, Dale Chung. ” Pressionaram sempre em todo o campo e ao intervalo já ganhavam por 104-1 “.
Em contraponto o treinador Michael Anderson de Arroyo Valley disse: “Não tinha a intenção de melindrar ninguém ou ganhar por uma margem tão significativa. Só não contava é que elas fossem tão fracas e que as minhas suplentes conseguissem marcar tantos pontos, uma delas marcou 8 triplos , em 9 lançamentos. A prova de que não estava de má fé está no facto de nem ter dito o resultado aos jornais locais”.
Contudo, fotografias do marcador com o resultado apareceram no Facebook da equipa e a história deu rapidamente a volta ao Mundo. Como se poderia esperar , essa pontuação levantou algumas questões ao redor da comunidade de basquetebol da região e criou alguma revolta contra o treinador Michael Anderson (Arroyo Valley). ”Tive uma conversa com o meu treinador sobre o jogo e tal resultado não volta a acontecer”, disse o diretor Desportivo de Arroyo Valley, Matt Howell. Anderson defende-se: “Cheguei mesmo a falar com os árbitros a meio do terceiro período pedindo-lhes que dessem ordem à mesa para não parar o cronómetro , mas, de acordo com as regras do “high school” , tal só é permitido no último período”. Nada disto é novo. Recentemente, em Dallas , uma outra equipa escolar ganhou por 100-0.
São também conhecidas algumas histórias de treinadores que abandonam o jogo quando a diferença pontual é muito significativa. Na semana seguinte, a Direcção de Arroyo Valley suspendeu o treinador por dois jogos. A situação fica ainda mais complicada quando nestes jogos estão envolvidas jogadoras de grande qualidade, o que leva a pontuações individuais anedóticas: Cheryl Miller marcou 105 pontos em 1981, quando Poly (Riverside, Calif.) ganhou a Notre Vista (Riverside) por 179-15. Lisa Leslie em 1990 jogando por Morningside (Inglewood, Calif.) conseguiu 101 pontos só numa parte de jogo (o treinador de South Torrance retirou a sua equipa ao intervalo). Mais recentemente ,em 2006, Epiphanny Prince marcou 113 pontos por Murry Bergtraum (New York) numa vitória por 137-32 contra Brandeis (New York).
Estes resultados levantam algumas questões aos treinadores: Quando é que a competição deve dar lugar à compaixão? Quando é que um jogo está ganho? Deve um treinador impedir a sua equipa de marcar mais pontos? O debate não é novo e em alguns estados norte americanos a “National Federation of High School Athletic Associations” recomenda mesmo que os jogos femininos com
grandes diferenças pontuais (quando o desnível chega a 30/35 pontos ) passem a ser jogados a tempo corrido, independentemente do período de jogo (aplicam a ”mercy rule”).
grandes diferenças pontuais (quando o desnível chega a 30/35 pontos ) passem a ser jogados a tempo corrido, independentemente do período de jogo (aplicam a ”mercy rule”).
Quem tem dúvidas desta regra é o mítico treinador de Connecticut e da Selecção Norte americana Geno Auriemma, que afirmou não ter a certeza de “conseguir o equilíbrio entre o desportivismo e o espírito competitivo. Quando temos uma grande vantagem como vou dizer aos jogadores: não tentem marcar? Eu nunca tinha ouvido falar de resultados de 100-0. Não faço a mínima ideia do que teria feito nessa situação”.
São muitas as questões que ocorrem aos treinadores sobre a verdadeira formação que recebem os jovens atletas durante a competição . Encontrar um modelo que garanta a formação integral dos jovens não é fácil. A formação do jogador de basquetebol deve passar por etapas onde estão necessariamente os treinos e os jogos . As experiências adquiridas nos jogos não
podem contudo ser substituídas por treinos. Para que a competição seja um meio formativo é necessário que a mesma se adapte às
necessidades, capacidades , prioridades e preferências dos jovens praticantes. O regulamento das provas é um elemento-chave para o concretizar de tal objectivo já que, muitas vezes, impede mesmo que a competição seja um meio formativo.
podem contudo ser substituídas por treinos. Para que a competição seja um meio formativo é necessário que a mesma se adapte às
necessidades, capacidades , prioridades e preferências dos jovens praticantes. O regulamento das provas é um elemento-chave para o concretizar de tal objectivo já que, muitas vezes, impede mesmo que a competição seja um meio formativo.
No basquetebol português o tema é recorrente . Uma análise sumária aos resultados do Campeonato Sub 14 Feminino da
A. B. Lisboa dá bem a ideia de que o assunto está longe de ser resolvido , apesar das várias tentativas já encetadas para evitar tais discrepâncias:
A. B. Lisboa dá bem a ideia de que o assunto está longe de ser resolvido , apesar das várias tentativas já encetadas para evitar tais discrepâncias:
204- Basket Queluz – ESA- 1
173- Quinta Lombos- ESA- 0
167- Basket Queluz- Sporting – 7
157- Alberta Menéres – ESA-10
133-Quinta Lombos- Estoril Basket- 17
124-Quinta Lombos – Sporting- 3
117 -Q. Lombos “B”- Carnide ” B”- 8
116- Benfica- F. T. Vedras- 14
114- Benfica- SIMECQ-16
113-Alberta Menéres- Sporting -2
112-Benfica – Paço Arcos -18
109- Algés – ESA- 11
107-Estoril Basket – ESA- 14
173- Quinta Lombos- ESA- 0
167- Basket Queluz- Sporting – 7
157- Alberta Menéres – ESA-10
133-Quinta Lombos- Estoril Basket- 17
124-Quinta Lombos – Sporting- 3
117 -Q. Lombos “B”- Carnide ” B”- 8
116- Benfica- F. T. Vedras- 14
114- Benfica- SIMECQ-16
113-Alberta Menéres- Sporting -2
112-Benfica – Paço Arcos -18
109- Algés – ESA- 11
107-Estoril Basket – ESA- 14
sábado, 10 de janeiro de 2015
Faleceu o Prof. T. Lima
Faleceu hoje o Prof. Teotónio Lima. Tive a felicidade de ter sido treinado pelos Profs. Mario Lemos e Teotónio Lima . Com personalidade vincada e feitio difícil T. Lima estava muito avançado na matéria de ser TREINADOR e era o nosso JOHN WOODEN.
Nem sempre estive de acordo com ele mas sempre me disse que gostava mais de quem o questionava. Relembro tambem as ajudas que me deu de Biomecanica nos trabalhos do Mestrado onde discutimos a matéria com "Engenheiros". Gostei particularmente de algumas referências positivas que fez de mim em algumas das últimas aparições públicas .
Descanse em PAZ.
Nem sempre estive de acordo com ele mas sempre me disse que gostava mais de quem o questionava. Relembro tambem as ajudas que me deu de Biomecanica nos trabalhos do Mestrado onde discutimos a matéria com "Engenheiros". Gostei particularmente de algumas referências positivas que fez de mim em algumas das últimas aparições públicas .
Descanse em PAZ.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
NCAA 2015
O poste Okafor tem qualidade acima da média . A execução do " SPIN Move " da uma ideia do seu potencial ofensivo...
Toledo vs Duke
Seguir em "comboio" atrás do atacante nem sempre é boa uma boa solução...
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