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Ao ler noticias do campeonato Espanhol de Cadetes Femininos fiquei surpreendido, ou talvez não, pelo facto da equipa das Canárias ter nas suas fileiras duas atletas gigantes provenientes de África : a nº 13 Bineta Ndoye , com 1,96m , e a nº 19 Astou Barro Ndour , com 1,95m.
Em Portugal temos também alguns atletas africanos de qualidade nas equipas de Formação. O trabalho que venho desenvolvendo na A.B.Lisboa dá-me agora um conhecimento profundo dos talentos que vão despontando para a modalidade. O jovem Isaías Insaly é , na minha modesta opinião , o atleta da sua idade com maior potencial . Assim faz-me alguma confusão, e já o disse a quem de direito, o facto de não integrar qualquer CAR. No recente Torneio da Amadora ficou claro , mesmo para quem anda distraído, que o jovem tinha lugar na selecção nacional Sub 16 , para não ir ainda mais longe. Tratar da obtenção da nacionalidade portuguesa deveria ser uma das principais prioridades , digo eu …
7 comentários:
...a profissão de treinador é dificil, fazer escolhas numa matéria q envolve alguma subjectividade não deve ser fácil. Acredito nessa dificuldade também por parte dos treinadores da seleção sub15 M da ABL, em deixar de fora os jogadores da equipa colocada em 6º lugar no CDistrital...
JM
Caro Mário Silva, não conheço a situação do Isaias, mas nem sempre é fácil, devido aos condicionalismos legais obter uma nacionalidade.
Já em tempos tentei tratar de um caso de obtenção de nacionalidade e os imperativos legais, embora se tenham tentado todas as vias, impossibilitavam a obtenção da nacionalidade antes da maioridade.
A lei portuguesa embora esteja mais flexível é muito restritiva, mesmo para os jovens de ascedência "PALOP" NASCIDOS em Portugal. A sua conjugação com a lei da FIBA piora ainda mais a situação.
Reforço que não conheço o caso do miudo em questão, mas pretendo dar um contributo para uma discussão que considero válida, e com grandes implicações políticas e sociais, pois muitos destes jovens depois tornam-se desintegrados da sociedade.
Segundo se diz em: http://www.basketpt.com/viewtopic.php?f=23&t=6889&start=20
Se o pai do Isaias é português, e SALINETO O SE, então o processo é rápido fácil e barato, BASTA A MÃE, E O PAI autorizarem, que o jogador imediatamente adquire a nacionalidade portuguesa, não são precisos anos nem meses, é uma questão de dias, à luz da legislação.
Mas é preciso a mãe e o pai autorizarem...
Segundo sei no passado já houve um pai que não autorizou.
saliento...
Convém é saber antes se a idade cronológica destes atletas é igual á que consta nas documentações...parece-me que estes "miudos" se integram em processos semelhantes ás que já ocorreram no futebol(vidé casos do Gil e do Toni, campeoes sub20 por Portugal)
Essa ideia de que muitos dos jovens negros têm mais idade do que a que apresentam é sinónimo de algum racismo e de alguma ignorância.
Acho que já houve um caso asim no basket nacional na geração de 80 que fez o campeonato do Mundo em Lisboa...
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