sexta-feira, 4 de março de 2011

Para memória futura...

Recebi a cópia da acta da Assembleia Geral da F.P.Basquetebol  realizada em 27 Novembro de 2010.
Para  memória futura aqui fica em síntese a minha intervenção :
"Mário Silva referiu que não está contra ninguém. Vai focar pontos que entende não estarem como deviam:
Demografia Federada; diz que é pouco fiável porque não bate certo com a actividade. Deve haver problema de comunicação entre Associações e Federação porque os números não estão certos.
Formação de Quadros: Clinics foram positivos. Bom aproveitamento do Manuel Campos.
Captação e Fomento: diz-se que o número de inscritos diminuiu o que não é correcto porque os quadros não estão certos. Referiu a necessidade de criar escalão de sub-13 como algumas Associações já fizeram.
Mapa de Apoio ao Minibasket: sugeriu que se atribua verba superior aos clubes com minibasket.
Compal AIR: sugeriu que a Federação ajuste o projecto separando federados de não federados. Alertou para o que consta sobre o Desporto Escolar, que pode pôr em causa esta actividade.
Centros de treino: Pediu uma reavaliação dos centros de treino face ao custo que comportam e à dificuldade em integrar jovens, devido à alteração do estatuto de Alta Competição.
Referiu-se à necessidade de estabelecer objectivos para cada selecção, e ao quadro competitivo e a necessidade de fazer alterações que permitam aproveitar os talentos (exemplificou com o caso de Rubio que em Portugal ainda jogaria nos sub-18).
Promoção: gostava de ver maior visibilidade e projecção da modalidade".

3 comentários:

João Chaves disse...

A regra das subidas de escalão foi "inventada" por causa de treinadores que colocavam os jovens a jogar 3/4 jogos por fim de semana em todos os escalões sem descanso, sobrecarregando-os fisica e mentalmente. Penso que o objectivo tem lógica, mas a medida não será a melhor. Para reflexão fica a sugestão de alteração ao regulamento, limitando um atleta a jogar em 2 escalões apenas, sejam eles os que o clube entender, ou seja, ser possível jogar sub-14 e sub-18 por exemplo...limitar o número de escalões representados e não as actuais subidas de escalão!

Anónimo disse...

Parabéns pelas intervenções, é possível disponibilizar mais tarde o eco das mesmas?

Bom trabalho

Fernando Gomes disse...

Há anos que se discute a questão das subidas de escalão, primeiro a nível distrital e depois a nível das provas nacionais.

Não há nem haverá unanimidade quaisquer que sejam as regras.

A preocupação do João Chaves é legítima mas, como em qualquer regra, se o treinador não souber gerir os jogadores que tem dificilmente os conseguirá fazer ter sucesso.

O caso dos atletas nos CAR é ilustrativo:

- pegamos em miúdos e miúdas de 13/14/15 anos, por vezes ainda Sub14 ou acabados de sair desse escalão, que raramente treinam mais de 3/4 vezes por semana, e colocamo-los a treinar bi-diariamente;

- para além disso, e porque na génese se trata de selecções nacionais, competem sempre 2/3 escalões acima da sua idade, muitas vezes contra Seniores enquanto que no clube apenas lhe permitimos jogar com "crianças";

- chegam aos clubes à 6ª feira e ainda têm que treinar, sabe-se lá com que vontade, com uma equipa em que, se tiverem sorte, conhecem os companheiros já há algum tempo, o que não acontece com as inúmeras transferências anuais dos atletas dos CT;

- têm que aprender sistemas defensivos e ofensivos por vezes diametralmente opostos aqueles com que são bombardeados diariamente no CT.

Não serão muito mais prejudiciais estas constantes mudanças de ambiente, equipa e escalão?

Tal como o Mário várias vezes escreve existem muitos dogmas implantados nos treinadores, e neles também me incluo, verificando-se que na esmagadora maioria dos casos ensinamos de menos aos nossos atletas, seja por incapacidade ou por falta de condições para fazer mais e melhor.

Não será preferível então permitir-lhes que, através da competição em diferentes níveis etários, consigam evoluir jogando mais?

Se isto é verdade para os talentosos não o deve ser menos para "menos dotados"...