segunda-feira, 28 de maio de 2007

A importancia dos bases...



Um dos problemas centrais da eliminatória que coloca frente a frente Benfica e FC Porto (2-2), mais do que a estatura, é a mobilidade, criatividade e pontaria dos jogadores do perímetro.
É sabido que nesta fase da época, em que tudo se decide, não é fácil surpreender o adversário. Treinadores e jogadores conhecem-se bem e a recolha de informação (“scouting”) já realizada antecipa cenários e condiciona os planos de jogo.


Na tentativa de aumentar a capacidade ofensiva, ambos os conjuntos utilizaram simultaneamente, durante tempo significativo, dois primeiros bases nos “cincos”, o que possibilitou a alternância na função de comando da equipa (“flip-flop”).

TJ Sorrentine (Vermont) e Julian Blanks (LaSalle), do Porto, e Tyson Wheeler (Rhode Island) e Miguel Minhava, do Benfica, são os cérebros que procuram ler o jogo pela mesma cartilha dos treinadores Alberto Babo e Henrique Vieira.

Já o “coach” Dean Smith (North Carolina) dizia que não jogava contra os treinadores, mas sim contra os bases contrários.



A importância das duplas está claramente expressa nos dados estatísticos relativos ao playoff:


Minutos
Pontos
Assistências

TJ Sorrentine
23
8,7
3,6

Julian Blanks
21
9,9
4

Tyson Wheeler
31
13
4

Miguel Minhava
25
8,4
2,9



A dupla dos “dragões” é responsável por 29% dos pontos e por 47% das assistências, enquanto a das “águias” vale 23% dos pontos e 50% das assistências.


Os ressaltos podem também decidir quem vai à final.

A altura ajuda a conquistar a posse de bola. Brooks Sales (Villanova), com 2,10m, tem média de 8,3 ressaltos no total. Mas não basta ser alto.

É necessário ter vontade e ser agressivo na procura da bola onde quer que ela esteja. Rodrigo Mascarenhas, de 1,98m, é o rei das tabelas no playoff da Liga, com 11,8 ressaltos no total, fazendo lembrar o mítico Jarred Miller de tão boa memória para os portistas.

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